sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,Originado com paixão ou com sexo pós discussão,Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha origem,Não te fies na virgem, porque elas fingem e não dizem,E caso case ainda te acusam do que trazem,O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,Com a máxima ironia, omitindo medos,Paredes têm ouvidos construídos para segredos,Quando é que tu desabafas? Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu não adivinho,Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição separe,Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,A paz é singular ou há discussões às dezenas,Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu derivo,Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu avô,É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite que eu não me irrito,Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar nisso é que eu evito,Eu divido o tempo, na TV noutro evento, Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um dente,E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem ele sai?Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,Sem confirmação na comunicação e sem interesse,Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu desconheço,Não me convence, Menciono o plano, de ter o nono ano,E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,Converso em verso comigo e com o beat,Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem demoras eu,Pareço um ótario operário no meu endereço,A preço ofereço um corpo solitário preso,Em posse duma trombose, Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os bombeiros,Mas a vida não para e avança como ponteiros,Eu contei os anos inteiros até à mudança,Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,E os primeiros pensamentos são de assumir uma herança,Em criança numa casa portuguesa com certeza,Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal falha,Não conheço um posto para fazer um juízo,Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,E eu economizo ao comunicar isto em concreto,E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou completo,A mim não me compete fazer a escolha,Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que não sinto a tua falta,Sinto a ausência duma falta de paciência que te exalta,Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....

SAM THE KID.

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